A inteligência artificial (IA) está promovendo uma das maiores transformações da história do agronegócio. Na prática, ela permite que agricultores usem imagens de satélites, dados climáticos e sensores de solo para tomar decisões mais estratégicas, reduzir perdas e aumentar a produtividade.

Segundo a consultoria Markets and Markets, o mercado global de IA na agricultura deve saltar de US$ 1,7 bilhão em 2023 para US$ 4,7 bilhões em 2028 — um crescimento médio anual de 23,1%. Essa revolução já está presente no dia a dia de muitas propriedades rurais, seja no diagnóstico precoce de pragas, na previsão de safra ou na recomendação precisa do uso de insumos.

Soluções com IA embarcada permitem monitorar lavouras com visão computacional, antecipar eventos climáticos e até automatizar decisões agronômicas. No centro dessa transformação está o software agrícola, que funciona como um hub de dados, conectando sensores, máquinas e drones para gerar insights valiosos. Com isso, o campo ganha eficiência, economia de recursos e planejamento mais assertivo.

A adoção, no entanto, ainda enfrenta desafios. Em 2024, 56% das propriedades ainda utilizam planilhas em vez de sistemas especializados. Conectividade, capacitação das equipes e integração com sistemas legados são pontos-chave para escalar o uso da IA. Mas o caminho está traçado: a inteligência artificial já é parte do presente do agronegócio — e um passo essencial para um crescimento mais sustentável e competitivo no futuro.